quarta-feira, 11 de julho de 2007

Consulado Geral de Portugal

O Governo Português anunciou que irá encerrar o Consulado Geral de Portugal em Sevilha. Esse encerramento implica a perda de um Edifício Histórico Português, que foi construído para albergar o Pavilhão de Portugal na Exposição Universal de Sevilha de 1929 e cuja propriedade será devolvida ao Ayuntamiento de Sevilha.
Este Edifício Histórico está localizado no centro da cidade de Sevilha, ao lado do Hotel Alfonso XIII, um dos melhores de Espanha e é cobiçado por grandes interesses espanhóis e internacionais.
Nós que o temos na mão, por direito, decidimos abandoná-lo.
Será que o Governo entende que temos demasiadas referências culturais portuguesas em Espanha?
Será que, decididamente, preferimos acabar com todos os símbolos nacionais?
Como este que a Espanha nos cedeu gratuitamente há quase um século, no centro de uma das suas mais importantes e bonitas cidades?
Um Consulado não se mede só pelos serviços que presta. Conta por ser uma presença de um País numa cidade amiga.
Uma cidade onde trabalham Portugueses, onde estudam Portugueses, onde se ensina o Português a centenas de estudantes espanhóis.
Uma cidade Amiga. Por isso e por estar num Edifício Histórico Português, pode ser também uma Referência da Cultura Portuguesa, a melhor Marca de Portugal.
Em Espanha, todo o Português que vai a Sevilha se orgulha de ver o seu País, a sua Imagem, o seu Símbolo no centro da Cidade-Monumento.
O Governo Português vai acabar com ele. E sem ganhar nada com isso. Provavelmente veremos em breve no seu interior uma delegação do "Gungenheim" ou do "Rainha Sofia".
É que os Espanhóis tratam bem o que têm. Denunciem esta situação aos vossos amigos. E se alguém conhecer o Presidente da República, ou o Primeiro-Ministro envie-lhes também. Para que não digam que o Povo não os avisou. Não envie é para Amigos Espanhóis. Por vergonha.

2 comentários:

Arnaldo Lemos disse...

Acho sinceramente que isso não tem lógica nenhuma. Se é um edifício português e se tem uma importância histórica tão grande é impensável o governo largá-lo assim. Espero que haja alguém que conheça o Presidente senão estamos mesmo mal...

Abraço

Lesma Morta disse...

Uma péssima solução em regiões ou países onde existe uma forte comunidade portuguesa.
A substituição de postos consulares por consulados
honorários é uma forma do Governo virar costas às comunidades portuguesas, desde logo porque os cônsules honorários não têm competências para:
a) Actos de registo civil e notariado
b) Emissão de documentos de identificação e de viagem
c) Concessão de vistos
d) Recenseamento eleitoral.
Aliás, quando em Janeiro 2005 o Secretário de Estado relâmpago Carlos Gonçalves, do não menos relâmpago Governo PSD/PP, Santana Lopes, foi a Rouen inaugurar um
consulado honorário, o PS veio a público contestar dizendo
que «o Consulado Honorário é uma estrutura com funções
limitadas, na medida em que não emite os documentos
mais solicitados pelos utentes.»
Pois é. Só que agora o PS pretende substituir 9 consulados
de carreira por Consulados Honorários que na prática
serão geridos em função dos interesses e negócios do
cônsul honorário que poderá ser um português ou um
estrangeiro.